Por muito tempo, Angeli Torteroli (1849-1928) e seus companheiros "científicos" foram uma nota de rodapé na história da implantação do Espiritismo no Brasil. Proponentes da tese de que o Espiritismo não era uma religião, mas uma ciência e uma filosofia, e entusiastas de estudos experimentais com a mediunidade, eles tiveram um papel fundamental na defesa e difusão da doutrina espírita em fins do Império e nos dias iniciais da República. Ainda assim, seu intenso ativismo pelos princípios espíritas foi obscurecido pela facção rival, os chamados "místicos", que, adeptos da "revelação da revelação" do francês J.-B. Roustaing, viriam a controlar a Federação Espírita Brasileira e determinar o discurso "oficial" do Espiritismo brasileiro. Agora, depois de um quase um século de apagamento histórico e até difamação por parte de sus críticos, Torteroli está passando por um resgate histórico na historiografia do movimento espírita brasileiro. E para nos apresentar algumas dessas (re)descobertas mais recentes, convidamos o pesquisador Adair Ribeiro Jr., autor do livro "A obra esquecida de Angeli Torteroli: O Espiritismo no Brasil e em Portugal", lançado em 2022.
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