Nas décadas de 1950 e 1960, os estudos envolvendo substâncias psicodélicas para o tratamento de transtornos mentais eram promissores. Ao mesmo tempo, muitos jovens passaram a consumi-las de forma recreativa e houve reação: nos EUA, o então presidente Richard Nixon proibiu completamente o uso dos psicodélicos - inclusive para fins científicos. O veto atrasou por décadas o desenvolvimento de pesquisas a respeito, mas, do início dos anos 2000 para cá, o mundo vive o que é chamado de “Renascença Psicodélica”: substâncias como a psilocibina, o DMT e o MDMA estão sendo estudadas para enfrentar a pandemia de problemas de saúde mental. Os resultados são tão promissores que a FDA (a Anvisa americana) avalia aprovar o uso delas para tratamentos até agosto deste ano. Para explicar o status atual das pesquisas no mundo e as barreiras impostas pela regulamentação no Brasil, Natuza Nery entrevista o físico e neurocientista Dráulio Araújo, professor e pesquisador do Instituto do Cérebro, da UFRN, e o neurocientista Eduardo Schenberg, pesquisador na University College London e fundador do Instituto Phaneros.
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