É hora de debater quem somos, o que estamos fazendo e o que precisamos fazer no contexto espírita. Em mais uma edição dos "Embalos de Sábado à Noite do ECK", recebemos o articulista espírita Claudio Bueno da Silva (SP), com a presença, nos debates, de Ricardo Sardinha (MG), sob a tradicional mediação de Marcelo Henrique (MH). O tema, então, é esse: Que Espiritismo NÃO queremos? Que Espiritismo VAMOS construir? Como pano de fundo do debate estará não só a diferença entre teoria e prática (considerando a primeira como o conteúdo do conjunto de 32 obras de Kardec e a segunda como as atividades costumeiras em instituições e grupos espíritas, a chamada práxis), assim como a introdução de novas "teses" decorrentes de obras mediúnicas (ou não) em comparação com a base doutrinário-filosófica originária, como também a própria prática em si, tanto em termos de mediunidade como de outras atividades que compõem a rotina das associações espíritas. Então, o primeiro questionamento, negativo, calcado no que "NÃO queremos" permitirá a crítica equilibrada e fundamentada acerca de muitas atividades que permeiam o dia a dia dos centros espíritas e congêneres, mas nada guardam de sintonia ou vinculação com a proposta contida na Filosofia Espírita. Já o segundo, enquadra a prospecção e o envolvimento dos "espíritas sensatos" que, discordantes com o "modus operandi" em geral das entidades espiritistas, projeta mudanças possíveis e viáveis e que levem à continunidade do método, da organização social e da análise dos temas de interesse humano, sob o viés espírita, sem interpolações e deturpações. Obviamente, é preciso salientar o respeito interpessoal em relação a qualquer pessoa que se interessa e passa a realizar atividades ou se vincula aos entes espíritas, na ênfase ao princípio de liberdade de pensamento e de expressão que a Doutrina consagra. Mas isto não significa que respeitar seja abonar, concordar ou fazer vista grossa em relação a muitas situações que, mesmo albergadas em ambientes ditos espíritas ou realizadas por pessoas que se acham vinculadas a atividades de divulgação do Espiritismo, acabam sendo percepções e opiniões pessoais e não devam ser vinculadas à proposta espírita. Mais uma vez, nosso objetivo, nas lives, é o de "não fechar questão", não emitir "verdades absolutas", sendo, do contrário, um espaço para tratar com seriedade todos os temas, buscando a ligação com a Filosofia Espírita, permitindo aos que assistem, naquele momento e aos que, depois, acessarem a gravação nos nossos canais, que formem e depois exerçam a sua genuína liberdade do pensamento e de convicção, retendo o que lhes parecer mais adequado ou melhor. Você já sabe que os seus comentários e eventuais questionamentos são enriquecedores da nossa atividade. Porque você nos ajuda a fazer esta live!