As crianças, que têm todas as perguntas do mundo, lembram-nos que há respostas a menos para explicar o que muitas vezes os adultos não conseguem descrever. No entanto, para onde vão as coisas que perdemos?
Os adultos tendem a proteger as crianças do impacto da perda de alguém significativo: adia-se a transmissão da má notícia, distorce-se a verdade, veda-se o acesso da criança ao velório ou ao funeral, evita-se chorar perto da criança. Enfim, tenta-se minorar o impacto da circunstância, partindo-se da crença errada de que as crianças não têm capacidade para entender a morte e o morrer, correndo-se o risco de as deixar sozinhas a viver sentimentos e pensamentos muito confusos.
Para nos ajudar a entender um pouco melhor sobre o luto nas crianças, Sofia Figueiredo conversa com Ricardo Fernandes. É psicóloga clínica e da saúde, especialista em psicoterapia. É psicanalista de adulto e Psicanalista candidata de crianças e adolescentes da Sociedade Portuguesa de Psicanálise.