Entre 1969 e 1973, uma construção centenária conhecida como “a torre das donzelas” abrigou pelo menos 132 presas políticas da ditadura militar brasileira. A construção ficava no centro de São Paulo e, para lá, eram encaminhadas mulheres consideradas subversivas que em sua maioria tinham sobrevivido a terríveis torturas. Com idade entre 18 e 55 anos e vindas das mais diversas origens, de operárias a esposas de industriais, essas mulheres construíram uma comunidade com regras próprias que foram se desenhando ao longo dos meses.
Após uma extensa pesquisa documental e entrevistas a mais de cem fontes, a jornalista e escritora Luiza Villaméa contou a história do dia a dia desse cárcere, apresentando as personagens que ali passaram em seu livro “A Torre — O cotidiano de mulheres encarceradas pela ditadura” (Companhia das Letras, 2023). "A Torre foi o espaço prisional que mais abrigou presas políticas do Brasil", diz Villaméa em entrevista ao Podcast da Semana, da edição sobre 60 anos do Golpe Militar.
Entre as encarceradas da Torre, estava a ex-presidente Dilma Rousseff, então estudante de economia. De acordo com o livro, Rousseff foi responsável por muitos apelidos das detentas, algumas usam os apelidos até hoje, inclusive em seus emails.
Além de estudantes, havia professoras e muitas intelectuais no cárcere, algo que, segundo Villaméa, espelhava um pouco o que era a militância da época. “Não podia pensar muito que você era preso. Se pensasse e ajudasse alguém, você estaria lascado”, conta.
Nesta edição do Podcast da Semana, a autora conta algumas das histórias das presas e fala sobre como foi entrevistar (e reentrevistar) mais de cem pessoas que ajudaram a montar o quebra-cabeças que forma "A Torre". “Em algumas dessas entrevistas, houve momentos que foram de silêncio profundo”, afirma no Podcast da Semana.
Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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Felipe Fortes: "O abuso de telas é o grande tema da parentalidade contemporânea"
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Tatiana Roque: "O governo está emparedado, com restrições, mas a comunidade científica está precisando de alguns gestos a mais"
Ana Lima Cecilio: "É um momento muito rico para a poesia, eu consigo ver uma geração de poetas"
Jerá Guarani: "Tem Guarani muito seguro de que tem que viver todos os dias como se fosse o último, com um agradecimento"
André Alves: "É a insatisfação que nos move"
Liliana Emparan: "O problema não é a separação, mas o que as pessoas dizem nesse momento"
Bruna Dantas Lobato: "A tradução de um livro é sempre um trabalho autoral"
Renata Ceribelli: "O prazer sempre foi proibido para a mulher"
Alessandra Montagne: "Muita coisa deu errado antes de eu chegar até aqui"
Luciana Saddi, sobre álcool: “Procure saber quando você está realmente com vontade de beber”
Lucas Bulamah: "O desejo é uma fonte permanente de crise"
Teresa Cristina: "O Carnaval renova as minhas energias para o ano inteiro"
Mauricio Stycer: "Puxar assunto sobre novela sempre dá certo"
Gustavo Estanislau: "O bullying pode fazer com que a criança acredite que merece sofrer"
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