Conhecer a história e a filosofia de vida de seus antepassados conscientizou os jovens sobre seus direitos, sua cultura e sua identidade
Educadora Nota 10: Maria Isabel Gonçalves
Filosofia 1º Ao 3º Ano / Ensino Médio
Escola: Colégio Estadual Rui Barbosa
Boninal, BA
Projeto: As filosofias de minha avó: poetizando memórias para afirmar direitos
Número de alunos: 200
Duração do trabalho: 1 semestre
Resumo: Em uma escola na Chapada Diamantina, onde 80% dos estudantes são negros, até o início de 2019 nenhum trabalho abordava a cultura africana. O delicado resgate da memória afrodescendente promovido por Maria Isabel tem ligação direta com o campo do direito à memória, ao patrimônio, ao pertencimento à terra e à preservação de culturas. Nas aulas, os alunos puderam conhecer os pensamentos de Hannah Arendt (memória como um ato político) e de Bergson (memória como hábito e o instante marcante) e a Filosofia Ubuntu (o que vale é o nós, o coletivo, eu sou o que sou porque você também é). Depois, munidos de boas perguntas, os estudantes coletaram relatos de seus avós – com vídeos, escritas e fotos –, verdadeiros retratos da resistência de seus ancestrais nas comunidades quilombolas. As memórias, segundo a professora, são a expressão de um grito sufocado de toda uma vida de direitos negados. Formar jovens conscientes desses direitos, de sua cultura e identidade foi um resultado primoroso do projeto.
Create your
podcast in
minutes
It is Free